A PEC 181/2015 faz parte do pacote de maldades que o governo ilegítimo de Michel Temer e sua base congressual vêm jogando sobre a cabeça dos brasileiros e brasileiras.

Em apenas um ano e seis meses o governo sem voto do inquilino do Jaburu, com o apoio de um Congresso comprado com emendas orçamentárias e cargos no aparelho do Estado, já destruiu direitos do povo brasileiro conquistados a duras penas nos últimos oitenta anos.

O peso da mão-de-ferro desse (des)governo recaí de forma ainda mais pesada e cruel sobre as cabeças dos mais vulneráveis: mulheres, negros, indígenas, LGBT(s), idosos, trabalhadores e pobres.

E agora vem essa PEC “satânica”, para usar o jargão medieval dos fundamentalistas que reinam no Congresso Nacional, que resgata proposta do Eduardo Cunha que, mesmo condenado e preso em Curitiba, continua mandando nos que ele ajudou a se elegerem, com o dinheiro roubado do povo.

A PEC 181/2015, originária e aprovada no Senado Federal, tem grande mérito ao estabelecer que a mulher trabalhadora, que tenha um parto prematuro, terá direito à licença maternidade prolongada pelo tempo que o filho permanecer hospitalizado em tratamento, não podendo a licença exceder a duzentos e quarenta dias.

Acontece que, de forma ardilosa e covarde, um “nobre” deputado inoculou no ventre da matéria um “Jabuti”, que estava adormecido nas gavetas do presidente cassado Eduardo Cunha, e agora volta, firme e forte, revigorado pelo ódio machista de “Suas Excelências” contra as mulheres.

Para isso, rasgaram uma parte do Código Penal de 1940, ao revogar o artigo 124 desse marco legal, que trata do direito ao aborto legal da mulher vítima de estupro e da com gestação de risco de morte.

São mesmo muito cruéis esses machistas que se arrogam o direito de decidir sobre a vida das mulheres, e o fazem de forma arrogante, arrotando sabedoria e com ares de representantes de Deus.

Tenham dó! Não sejam tão ignorantes! Não falem em nome de DEUS que nos fez livres, conscientes e responsáveis pelos nossos atos e pela nossa vida.

Por favor, nos respeitem! Não falem por nós! Não legislem por nós! Não decidam por nós!

 

Tenham bom senso, sejam razoáveis e considerem o elevado número de vítimas de aborto feito em condições precárias e inseguras. Evitem mais um constrangimento para o Brasil diante do mundo civilizado.