A celebração deste 8 de março – Dia Internacional da Mulher, no ano de 2022, se apresenta com alguns importantes significados. Um deles, se Deus e a história nos permitirem, é que será o último #8M sob o governo fascista, genocida, misógino e antipovo de Jair Bolsonaro. Este motivo, por si só, já merece uma comemoração.
Um governo de morte, que ao longo do seu mandato estimulou a violência doméstica contra as mulheres; provocou o aumento do feminicídio, além de levar o povo à trágica situação de miséria e fome que afeta sobretudo as mulheres e mães chefes de família. Isso tudo, agravado pela pandemia de covid-19, que já vitimou mais de 650 mil brasileiros e brasileiras.
Outra importante questão, que se apresenta para as mulheres, é a necessidade de que a celebração do #8M não se esvazie de sentido já no dia seguinte. Temos, especialmente nas próximas eleições, a responsabilidade histórica de definirmos quem serão os nossos candidatos, e principalmente, as nossas candidatas. É preciso compreendermos a real dimensão do exercício da nossa cidadania política, que através do voto, delega a algumas pessoas a mais importante missão numa democracia, que é representar o povo nas esferas de poder.
Somos a maioria de eleitores; somos a maioria de trabalhadoras na informalidade; somos a maioria quando o assunto são os baixos salários; somos a maioria de chefes de família em situação de vulnerabilidade. Mas somos a minoria quando se trata de representação nas Casas legislativas. Uma perversa realidade que precisa ser transformada.
A partir das celebrações deste 8 de março, até as eleições, em outubro, não vamos descansar! Sem a efetiva participação das mulheres nos espaços de poder e decisão, não teremos uma democracia plena e consolidada.
Assumamos, portanto, nós mulheres, a missão de mudar os desígnios do nosso país e da história das mulheres brasileiras.
Viva a luta das mulheres do Brasil!
Foto: Bruna Menezes