Foto: Pablo Valadares

Audiência Pública marca 50 anos da morte do líder político Carlos Marighella

A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) participou, na tarde desta quarta-feira (6), de Audiência Pública que marcou os 50 anos de morte de Carlos Marighella. A audiência aconteceu no âmbito da Comissão de Legislação Participativa (CLP), em atenção aos pedidos de Luiza Erundina  e do deputado Jorge Solla (PT-BA).

Carlos Marighella foi deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil, na Assembleia Constituinte de 1946. Morto pela ditadura militar, em 1969, tornou-se um dos ícones da resistência ao arbítrio e ao autoritarismo no país que durou de 1964 a 1985. Na audiência, estiveram presentes além do filho de Carlos Marighella, Carlos Augusto Marighella, o ex-deputado federal Emiliano José, autor do livro “Carlos Marighella, o inimigo número um da ditadura”, cuja participação de seu por vídeo-conferência; do ex-deputado e escritor Gilney Viana; e de Iara Xavier Pereira, também ex-combatente da ditadura militar. Enquanto o encontro era realizado, uma exposição fotográfica com a trajetória do ex-deputado acontecia no mesmo plenário.

O filho de Marighella, Carlos Augusto, fez um depoimento pessoal e afetivo sobre a vida do pai. Recordou momentos da infância e juventude, ao lado do então líder político, e os momentos que se sucederam à morte de Carlos Marighella. A partir dos depoimentos de Iara Xavier e Gilney Vianna, que recentemente publicaram um livro de poesias de Marighella, foi possível resgatar alguns dos momentos vividos pelo ex-deputado comunista.

Luiza Erundina, emocionada com o encontro com o filho Carlos Augusto, ressaltou a importância da preservação da memória de Marighella, sobretudo, no momento atual, em que vive a sociedade brasileira. Para Erundina, marcar os 50 anos de morte do líder político, atrelado à mostra, e à audiência pública, são necessários para que mostrar que erros do passado não devem ser repetidos: “Sinto enorme gratidão por alguém que deixou um legado muito importante por que enfrentou a ditadura com muita coragem. O que me alimenta viver é o mesmo que fez de Marighella ser aquele sujeito que ninguém jamais esqueceu, que é o sonho de um mundo mais justo, um mundo socialista”.