Os medicamentos Alfaepoetina, Calcitriol, entre outros medicamentos, voltados ao tratamento de pacientes com tratamento em hemodiálise voltaram a ser oferecidos e distribuídos pela Rede Pública de Saúde, no Estado de São Paulo. A descontinuidade e o negligenciamento da oferta desses medicamentos colocaram em risco a vida de centenas de pessoas atendidas pelos serviços do SUS.

Ao longo do primeiro semestre deste ano foi registrada a falta de medicamentos de alta complexidade, como o Everolimo, a Alfapeginsterferona, a Ribavirina, a Betainterferona, a Rivastigmina, além da Alfaepoetina e do Calcitriol.

A deputada Luiza Erundina, acompanhada de representantes do grupo de Apoio Nefrológico (GAN), esteve reunida com o Ministério Público Estadual e Federal, denunciando o contingenciamento do repasse dos medicamentos. A parlamentar também comunicou a Secretaria Estadual de Saúde sobre a falta de remédios para pacientes em hemodiálise.

Cerca de 500 pacientes renais crônicos, oriundos do Centro de Nefrologia Zona Sul (Cenesul), do Centro de Nefrologia Zona Norte (Cenenorte), permaneceram sem o recebimento dos remédios que auxiliam no tratamento de doenças nefrológicas.

A falta desses medicamentos ocorria desde dezembro do ano passado, não apenas nas referidas unidades, mas também em diversas outras unidades do Estado.

Entenda o caso:

Em janeiro deste ano, a deputada Luiza Erundina recebeu em audiência grupo de pacientes em nefrologia, ocasião em que foi denunciada a falta de medicamentos. A parlamentar fez gestões junto ao Ministério Público Estadual e Federal e relatou à Secretaria Estadual de Saúde sobre a ausência dos medicamentos.

A Secretaria confirmou que parte dos medicamentos vinha apresentando descontinuidade no abastecimento em parte da rede, ocasionado prejuízos à saúde dos pacientes. Isso ocorreu, segundo a pasta, devido ao cronograma de distribuição de medicamentos que obedece Portaria específica, sobretudo, com medicamentos que dependem de financiamento e distribuição do Ministério da Saúde.